O primeiro dia do encontro “Pastores e leigos chamados a caminhar juntos” foi realizado no Vaticano. Representando a “Família da Esperança”, Padre Luíz, Michaela e pe. Christian se juntaram aos 201 participantes, vindos de 72 conferências episcopais do mundo inteiro e 30 comunidades/movimentos.
Durante o evento, o Cardeal Farrell falou sobre a co-responsabilidade dos leigos na igreja sinodal. De acordo com ele, os leigos chegam onde os pastores não chegam, e por isso, eles vivem a Igreja 24 horas por dia, 7 dias por semana. O professor Luís Navarro comparou os leigos a um “gigante adormecido” que precisa acordar e lembrar sua importância. Os leigos não precisam de autorização dos pastores para viver sua vocação, já que ela é vivida desde o momento do batismo.
O primeiro dia do evento foi repleto de experiências compartilhadas, diálogo e escuta. Um dos testemunhos mais marcantes foi da Itália, onde um relacionamento construído com migrantes mostrou o amor gratuito, sem interesses, que gerou reciprocidade.
No segundo dia do evento, o Cardeal Lacroix do Quebec, no Canadá, explicou o caminho sinodal que o povo de Deus deve seguir, caminhando juntos na mesma direção que Cristo. A sinodalidade, segundo ele, não é algo novo que precisa ser implementado agora, mas sim algo que já existe dentro da igreja. O começo do processo é uma conversão dos corações, não algo estrutural. Devemos aprender a tirar as sandálias diante do solo sagrado que é o outro.
A noite foi encerrada com um presente inesquecível. Os participantes tiveram a oportunidade de visitar a Capela Sistina, onde a diretora do museu do Vaticano explicou sua história e significado. O jantar foi realizado no próprio museu, tornando a noite ainda mais especial.
ENCONTRO COM O PAPA
No último dia do encontro, depois ter celebrado a missa com o cardeal Pietro Parolin, Secretário do Estado do Vaticano, aconteceu uma ampla reflexão dos momentos vividos nos últimos dias.
Após o momento de partilha, aconteceu a esperada visita do Santo Padre, o papa Francisco. O pontífice enfatizou o uso da palavra “juntos” (insieme) e confirmou que um cristão jamais deve fazer as coisas sozinho.
Ele encorajou os presentes a escutarem o kerygma, ou seja, “o primeiro anúncio” e se afastarem de ideologias e teorias. Ao final de sua fala, papa Francisco estendeu sua presença e saudou pessoalmente cada um dos 201 participantes.
