A exposição fotográfica “Entre a Glória e a Esperança” já tem o terceiro destino definido: o Shopping Jardim Oriente, em São José dos Campos. A mostra itinerante é realizada em homenagem aos 40 anos de fundação da Fazenda da Esperança, maior comunidade terapêutica da América Latina. A exposição ficará local a partir desta quarta (23/08) até o dia 22 de setembro.
O público que estiver no shopping, localizado no bairro Jardim América, poderá conferir as imagens históricas que marcam as quatro décadas da Fazenda da Esperança. A exposição contém, ainda, fotografias inéditas das unidades em Guaratinguetá, cidade natal da instituição referência mundial no tratamento de dependentes químicos. O horário de funcionamento do centro de compras é de segunda a sábado, das 10h às 22h. No domingo, o funcionamento é das 14h às 20h.
Em 29 de junho, a Fazenda da Esperança completou 40 anos de história e, atualmente, já possui mais de 160 unidades espalhadas em 25 países além do Brasil. Para o presidente da obra social, Pe. Luiz Menezes, essa exposição retrata os momentos mais emblemáticos da fazenda, passando pelas primeiras unidades em funcionamento e outras conquistas que tornaram tão grandiosa a obra social.
“O público poderá observar a representação do tripé do processo de recuperação dos nossos acolhidos na Fazenda da Esperança, que é Trabalho, Convivência e Espiritualidade. Através do olhar atento do fotógrafo Gustavo Cabral, as imagens mostram a estrutura do Centro Masculino, que é a nossa primeira Fazenda da Esperança, além do Centro Feminino e a unidade de triagem do bairro Pilões, a Fazenda São Libório e o Santuário da Esperança”, disse Padre Luiz.
Na primeira edição, realizada no Buriti Shopping Guará, em Guaratinguetá, durante o mês de junho, mais de 200 mil pessoas apreciaram a exposição durante 12 dias em que ficou disponível ao público. A segunda edição foi realizada durante 30 dias no Taubaté Shopping, sendo encerrada no último domingo (20/08).
Sobre a Fazenda da Esperança
A comunidade terapêutica é reconhecida mundialmente pelo trabalho que realiza com homens e mulheres que querem adotar um novo estilo de vida, longe das drogas. A Fazenda da Esperança nasceu no fim da década de 1970, no bairro Pedregulho, em Guaratinguetá, interior paulista. Desde então, mais de 80 mil pessoas já passaram pelas Fazendas da Esperança.
Tudo começou com a chegada de Frei Hans como pároco da Igreja de Nossa Senhora da Glória. Entre os paroquianos estava um jovem, Nelson Giovanelli, que, quando ia à missa, passava na esquina das ruas Caramurus e Tupinambás e observava alguns jovens consumindo drogas naquele local.
Com o desejo de colocar em prática os ensinamentos que ouvia na Igreja, Nelson conseguiu se aproximar do grupo, com o intuito de somente estar com eles, não de convertê-los. Com o passar dos dias, percebendo que tinha a confiança de Nelson, Antônio Eleutério – um daqueles que usavam drogas – pediu que Nelson o levasse para onde quisesse, porque não queria aquela vida, nem aguentava mais ver sua mãe sofrer. Na época, acontecia o encerramento da Festa de São Pedro, no bairro Nova Guará, ou seja, noite de 29 de junho de 1983.
Logo, vários daqueles jovens que usavam drogas também decidiram mudar de vida. Eles alugaram uma casa na rua Tapuias e foram viver juntos. Incentivados por Frei Hans, que deu a eles uma tesoura de cortar gramas, eles se mantinham com o trabalho de jardinagem nas casas, especialmente, das pessoas que frequentavam a Igreja.
Mais tarde, os idealizadores ganharam um sítio na zona rural da cidade paulista, no bairro Santa Edwiges. E, com o passar dos anos, as Fazendas da Esperança se espalharam pelo Brasil. Atualmente, existem unidades em todos os estados brasileiros.
Fazenda Feminina
Em 1988, Iraci Leite, que também era uma das paroquianas da Igreja de Nossa Senhora da Glória, acompanhada de Luci Rosendo, iniciou o acolhimento de mulheres que queriam se libertar dos vícios. E a realidade feminina da Fazenda da Esperança tem uma particularidade: acolher mães com filhos pequenos, o que torna um incentivo a mais para as mulheres que querem se recuperar da dependência química.