Após muito sucesso na primeira edição, a exposição “Entre a Glória e a Esperança” passa a ser itinerante e chega ao Taubaté Shopping nesta quinta-feira (20/07). O público que estiver no centro de compras poderá conferir as imagens históricas que marcam as quatro décadas da Fazenda da Esperança. A exposição também conta com fotografias inéditas das unidades em Guaratinguetá, cidade onde nasceu a comunidade terapêutica, referência mundial no tratamento de dependentes químicos.
A exposição ficará no shopping até o dia 20 de agosto. O funcionamento é de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 13h às 20h. Com 164 unidades espalhadas em 25 países além do Brasil, a Fazenda da Esperança completou 40 anos no dia 29 de julho. Para o Pe. Luiz Menezes, Presidente da Fazenda da Esperança, essa exposição valoriza a história que os fundadores, os colaboradores e, principalmente, os acolhidos construíram ao longo das últimas quatro décadas.
“Na primeira edição, realizada no Buriti Shopping Guará, durante o mês de julho, mais de 200 mil pessoas apreciaram a exposição durante 12 dias em que ficou disponível ao público. Foi um sucesso e o povo de Guaratinguetá pode conhecer um pouco mais dessa obra tão importante que nasceu na terra de Frei Galvão”, disse Pe. Luiz Menezes.
Assinada pelo fotógrafo Gustavo Cabral, as fotografias que compõem a exposição mostram a estrutura do Centro Masculino, que é a primeira Fazenda da Esperança, além do Centro Feminino e a unidade de triagem do bairro Pilões, a Fazenda São Libório e o Santuário da Esperança. Nas imagens é possível observar um pouco da rotina dos acolhidos, que é baseada no tripé: Trabalho, Convivência e Espiritualidade.
“É uma honra muito grande poder vivenciar de perto essa Esperança que há em cada unidade, em cada acolhido. Para nós é um orgulho poder ser instrumento dessa obra de Deus que é tão necessária”, disse Gustavo.
História
A comunidade terapêutica é reconhecida mundialmente pelo trabalho que realiza com homens e mulheres que querem adotar um novo estilo de vida, longe das drogas. Ela nasceu no fim da década de 1970, no bairro Pedregulho, em Guaratinguetá, interior paulista. Desde então, mais de 80 mil pessoas já passaram pelas Fazendas da Esperança e conheceram um estilo novo de vida, longe das drogas e de outros vícios.
Tudo começou com a chegada de Frei Hans como pároco da Igreja de Nossa Senhora da Glória. Entre os paroquianos estava um jovem, Nelson Giovanelli, que, quando ia à missa, passava na esquina das ruas Caramurus e Tupinambás e observava alguns jovens consumindo drogas naquele local.
Com o desejo de colocar em prática os ensinamentos que ouvia na Igreja, Nelson conseguiu se aproximar do grupo, com o intuito de somente estar com eles, não de convertê-los. Com o passar dos dias, percebendo que tinha a confiança de Nelson, Antônio Eleutério – um daqueles que usavam drogas – pediu que Nelson o levasse para onde quisesse, porque não queria aquela vida, nem aguentava mais ver sua mãe sofrer. Na época, acontecia o encerramento da Festa de São Pedro, no bairro Nova Guará, ou seja, noite de 29 de junho de 1983.
Logo, vários daqueles jovens que usavam drogas também decidiram mudar de vida. Eles alugaram uma casa na rua Tapuias e foram viver juntos. Incentivados por Frei Hans, que deu a eles uma tesoura de cortar gramas, eles se mantinham com o trabalho de jardinagem nas casas, especialmente, das pessoas que frequentavam a Igreja.
Mais tarde, os idealizadores ganharam um sítio na zona rural da cidade paulista, no bairro Santa Edwiges. E, com o passar dos anos, as Fazendas da Esperança se espalharam pelo Brasil. Atualmente, existem unidades em todos os estados brasileiros.
Fazenda Feminina – Em 1988, Iraci Leite, que também era uma das paroquianas da Igreja de Nossa Senhora da Glória, acompanhada de Luci Rosendo, iniciou o acolhimento de mulheres que queriam se libertar dos vícios. E a realidade feminina da Fazenda da Esperança tem uma particularidade: acolher mães com filhos pequenos, o que torna um incentivo a mais para as mulheres que querem se recuperar da dependência química.
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