Neste dia Dia da Criança Africana, 16 de junho, a Fazenda da Esperança destaca o trabalho do Centro Infantil Chitaitai, ou “Pequenos Vagalumes”, idealizado e mantido pela obra social desde 2018 em Moçambique. Atualmente, 300 crianças são acolhidas pelo projeto, sendo 170 em Dombe e 130 em Zobue. Mais de 600 vagalumes já foram beneficiados pela obra social.

O trabalho ajuda a reduzir as vulnerabilidades, como a desnutrição, doenças causadas pela água contaminada, malária, entre tantos outros. Com a Chitaitai, a Fazenda garante, ainda, acompanhamento no desenvolvimento educacional, proteção e alimentação, promovendo, assim, melhoria da qualidade de vida.

O voluntário Felipe Giovanelli relata que, trabalhar as crianças, principalmente neste lugar, é se encontrar com a felicidade todos os dias. “Há dois anos participo do Centro Infantil Chitaitai e me surpreendo cada vez mais com o que acontece aqui. As crianças me ensinaram a ser simples, alegre, puro e realizado. Todos os dias, quando chego na creche, sou recebido com abraços e risadas mais gostosas. Acredito não ter nada que compre uma sensação igual”, relata.

Segundo Felipe, a felicidade também se estende ao fato de estar envolvido com a comunidade, com as mães e pais das crianças, trabalhando e crescendo junto com eles. “Nasci de novo neste lugar, que faz você enxergar até no sofrimento, a felicidade”, diz.

A Missão de Dombe é um complexo que conta com um posto administrativo, um pequeno hospital, um internato para jovens estudantes, a Fazenda da Esperança Feminina e Masculina e o Centro Infantil Chitaitai. Esse conjunto fica localizado na região central de Moçambique e faz parte da província de Manica.

A Chitaitai é um presente para as nossas vidas e a responsável pelo projeto no Brasil, Janaina Kalil, conta que o trabalho que os voluntários e professores realizam nas duas escolas é uma mudança de vida para as crianças e as famílias, que participam ativamente, aumentando ainda mais o vínculo entre todos.

“Hoje sabemos o quanto mudamos a vida das crianças que lá estão, dando a elas uma infância com educação, amor e religiosidade. Aqui no Brasil , temos a missão de mostrar este trabalho e conseguir recursos para manter as creches, temos hoje padrinhos e madrinhas para as crianças com contribuição mensal e, em parceria com o Buriti Shopping de Guaratinguetá, uma loja em colaboração com artesãs da região e parte da renda é doada à creche”, salientou Janaina.

Como ajudar?

Você também pode nos ajudar a levar a luz da esperança e ajudar ainda mais crianças a abrirem um sorriso no rosto. Saiba como ser um padrinho ou madrinha clicando aqui. Toda doação de forma livre e espontânea também é bem-vinda e necessária.

Sabemos a importância de cada real que conseguimos aqui no Brasil, pois , as condições em Moçambique não permitem que consigamos recursos para manter as duas Chitaitai. Hoje com R$ 100,00 mensais damos a uma criança as refeições, o transporte e que ela tenha uma infância assistida com tudo que nossos pequenos precisam. É uma das mais lindas missões de vida quando vemos a alegria de cada um deles e sabemos que estão ali com comida, com amor, com respeito sendo cuidados e protegidos”, disse Janaina Kalil.

Os vagalumes são acompanhados pelos professores, recebem cerca de 4 refeições diárias, além de momentos de lazer, brincadeiras culturais, aprendizados e desenvolvimento pessoal.

História

Há mais de 15 anos, a Fazenda da Esperança desenvolve atividades em prol dos mais necessitados em Moçambique. No início, era administrada uma escola e um pequeno hospital no Povoado de Dombe. Mais tarde, começou o acolhimento de homens e mulheres que queriam se livrar das drogas. Além disso, as famílias também são acompanhadas, ajudando-as nas hortas comunitárias e auxílio com as plantações.

O grande número de crianças carentes e necessitadas fez com que a Fazenda da Esperança iniciasse um trabalho específico com elas. Em 2018, nasceu o Centro Infantil Chitaitai, que é uma luz na vida dos pequeninos.

Sobre a data

O Dia da Criança Africana foi instituído pela Organização da Unidade Africana (OUA) em 1991 e remete aos tristes e chocantes acontecimentos, ocorridos no ano de 1976, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Na época, estudantes protestavam contra a baixa qualidade de ensino no país e a obrigatoriedade do idioma africâner, utilizado apenas por uma minoria branca. A manifestação sofreu uma violenta e brutal repressão policial.

O objetivo da data é causar reflexão sobre a necessidade urgente de se protegeras crianças contra todas as formas de violência e marca, ainda, a luta por uma educação de qualidade, que respeite a cultura, a origem e as histórias de todas as crianças.