Através desta nota, a Obra Social Nossa Senhora da Glória – Fazenda da Esperança manifesta seu pesar e condolências pelo óbito de um paciente da intitulada “Comunidade Terapêutica Efatá”, localizada em Cotia (SP), que foi amplamente noticiado pelos veículos de comunicação desde o dia 9 de julho de 2024.

Reafirmando o manifesto feito pela Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas (CONFENACT), a empresa citada no caso é uma empresa privada com fins lucrativos. Em outros termos, a empresa envolvida no caso não é uma comunidade terapêutica, como definido pela Resolução nº 01/2015 – CONAD, que proíbe a exploração comercial por tais entidades.

“A empresa investigada pelo óbito (“Comunidade Terapêutica” Efatá) não está associada ou filiada a qualquer das federações filiadas à CONFENACT, tampouco à CONFENACT. Além disso, as imagens veiculadas na reportagem, mostrando as mãos da vítima atadas, evidenciam a ausência de caráter voluntário no tratamento, o que fere os princípios basilares das comunidades terapêuticas, de acordo com o art. 26-A da Lei nº 11.343/2006. Repudiamos, veementemente, tratamentos e acolhimentos baseados em desrespeito à dignidade humana e adotaremos medidas para que os envolvidos respondam por seus atos”, afirma em nota a CONFENACT.

Fundada por Frei Hans Stapel, Nelson Giovanelli, Iraci Leite e Lucilene Rosendo, a Obra Social Nossa Senhora da Glória – Fazenda da Esperança foi oficializada em 1983 na cidade de Guaratinguetá (SP). Além de atuar em diversas frentes de ação; como na educação infantil, cuidado aos idosos, aqueles que vivem com HIV, entre outros; sua maior atividade hoje é a recuperação de dependentes de substâncias psicoativas, com foco na construção de novos projetos de vida do acolhido/a, possibilitando seu retorno às atividades sociais, com autonomia, rompendo com o ciclo de autodestruição e fortalecendo os vínculos familiares.

O método de recuperação proposto pela Fazenda da Esperança baseia-se no tripé trabalho (como processo pedagógico); convivência (estilo de vida familiar, pautado no respeito, na responsabilidade e na solidariedade) e espiritualidade (leva os acolhidos/as a incorporarem valores de fraternidade à sua vida).

Todo acolhimento na Fazenda da Esperança é feito de modo voluntário – ou seja, a pessoa precisa desejar a sua recuperação. De modo algum a Fazenda da Esperança faz a internação compulsória – contra a vontade do recuperando/a.

Atualmente, a Fazenda da Esperança está presente em 28 países e em quatro continentes: América, Europa, África e Ásia. No Brasil são mais de 105 comunidades, presentes em todos os estados; sendo que mais de 23 unidades são exclusivas para acolhimento de mulheres, que podem estar acompanhadas de seus filhos.

Novamente, a Fazenda da Esperança manifesta suas condolências aos familiares e amigos da vítima que foi a óbito no caso citado. Desejamos que acontecimentos como este sejam investigados, a fim de que empresas como a da reportagem não afetem as comunidades terapêuticas legítimas, que realizam um importante trabalho de recuperação de tantas vidas e famílias.

Para mais informações sobre as Comunidades Terapêuticas, acesse o site da CONFENACT: www.confenact.org.br