Ainda na Oitava da Páscoa, a Fazenda da Esperança celebrou na tarde de sexta-feira, 5 de abril, a bênção solene de inauguração da Casa de Apoio Esperança, localizada na cidade de Aparecida (SP). A Santa Missa contou com a presença de Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida (SP); Pe. Luiz Menezes, presidente da Obra Social Nossa Senhora da Glória – Fazenda da Esperança; Pe. Fabiano Cunha Motta, reitor do Santuário da Esperança, em Guaratinguetá (SP); outros padres, religiosos e religiosas da arquidiocese de Aparecida e ligados à Obra Social; além de membros do Grupo Esperança Viva (GEV), amigos, voluntários, Es (ex-recuperandos) e responsáveis da Fazenda da Esperança. 

A Casa de Apoio Esperança já existe há dois anos na cidade do Vale do Paraíba, atuando na linha de frente na acolhida a homens em situação de vulnerabilidade social, que em seguida são encaminhados às Fazendas da Esperança próximas. Fruto do serviço prestado de forma emergencial durante a pandemia de Covid-19, o espaço da antiga pousada foi doado pela benfeitora Maria Aparecida, a Dona Cidinha, que também esteve presente na bênção do espaço.

Em sua homilia, Dom Orlando ressaltou que a Casa de Apoio é um grande presente a Jesus ressuscitado. “Vocês foram os apóstolos que construíram esta casa para que aqui ressuscite muita gente, e que sejam reinseridos na sociedade”, afirmou Brandes.

O arcebispo destacou a importância de espaços de acolhida como este, para que as pessoas atendidas possam se sentir amadas novamente. “A Fazenda da Esperança é o sacramento do amor de Deus por nós, que somos curados e ressuscitados por este amor”, destacou.

Segundo o bispo, a missão assumida pela Obra Social é fundamental, pois oferece esperança para a sociedade e permanece ao lado dos crucificados e esquecidos. “A Fazenda da Esperança é a pedra angular que ajuda o Brasil inteiro a recuperar vidas, sempre pelo amor, pela força da Palavra e da Eucaristia”, concluiu o Dom Orlando.

Uma resposta social e um ponto de encontro

Para o presidente da Obra Social, Pe. Luiz Menezes, a Casa de Apoio é uma resposta aos problemas sociais que afetam a sociedade hoje e, além disso, um ponto de encontro e integração entre diferentes frentes, como o GEV e as pastorais sociais. “Além da resposta social a um problema concreto, a Casa é um ponto de encontro para fortalecer e potencializar o bem. Nos alegramos que Deus realize sua obra e agregue pessoas para que o bem cresça cada vez mais”, explicou Pe. Luiz. 

O responsável pela Casa de Apoio, Nazareno Albuquerque de Souza Júnior, celebrou a bênção inaugural e manifestou sua alegria por este momento. “Muito mais do que uma Casa de Apoio, ela é uma família. Todos que vêm aqui se fazem um e, unidos, construímos este espaço”, assegura.

De acordo com Nazareno, nestes dois anos de existência, a Casa acolheu 287 pessoas, entre homens em situação de risco, jovens em reinserção social e jovens para recomeço na Fazenda da Esperança. A Casa tem vínculo com as pastorais das cidades de Lorena, Potim, Aparecida, Cruzeiro, Guaratinguetá, Cachoeira Paulista, Taubaté e São José dos Campos.

Para a Dona Cidinha, a inauguração solene foi um momento de ação de graças por todos os frutos colhidos a partir desta experiência. Ela relatou que conheceu a Fazenda da Esperança pela televisão e que se sensibilizou ao saber que, durante a pandemia de Covid-19, a Fazenda havia atendido 3 mil pessoas em situação de vulnerabilidade.

Diante da realidade da pandemia e da ausência de romeiros e hóspedes em seu estabelecimento, ela colocou em prática um desejo antigo: transformar a pousada em um espaço que pudesse acolher e ajudar o próximo.

Até o momento, a Casa de Apoio Esperança tem 20 vagas disponíveis: 12 no processo de reinserção social e 8 pessoas em situação de vulnerabilidade. Ela fica localizada na Rua Miguel Prado, 111, Bairro Ponte Alta, Aparecida (SP).

Fotos: Martin Genter